Retomar o acompanhamento médico e os cuidados com a saúde é fundamental para o controle do diabetes

A pandemia afastou pacientes dos consultórios e aumentou o risco de complicações decorrentes do diabetes. Com o avanço da vacinação e dos protocolos de prevenção, 2022 deve ser o ano da retomada das consultas de rotina.

Retomar o acompanhamento médico e os cuidados com a saúde

A pandemia do novo coronavírus afastou as pessoas do cuidado com a própria saúde. No começo de tudo, em 2020, ainda sem informação e com o vírus circulando pelo país, a orientação das autoridades era de que somente pessoas com suspeitas de Covid-19 procurassem as unidades de saúde e que as consultas de rotina fossem adiadas.[1] No entanto, o cenário em 2022 é outro: os especialistas têm alertado há algum tempo sobre a importância da retomada dos exames de rotina e do acompanhamento médico. Com a adoção de protocolos de prevenção e com a vacinação em massa, é possível ir a consultórios e unidades de saúde com segurança.

Uma pesquisa da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial (SBPC/ML) e da Câmara Brasileira de Diagnóstico Laboratorial (CBDL) mostrou que 43% das pessoas entrevistadas que possuíam doenças crônicas reduziram as consultas médicas nesse período de pandemia.[2] A Sociedade Brasileira de Diabetes apontou que 60% das pessoas com a doença apresentaram piora no controle do diabetes no início da pandemia e que 38% adiaram as consultas.[3]

É preciso lembrar que o diabetes é uma doença crônica, silenciosa, e que seus efeitos podem demorar a aparecer. Sem o controle adequado, pode causar uma série de impactos no organismo, dos rins ao coração. Entre as possíveis complicações da glicemia descontrolada estão a cegueira, a dificuldade de cicatrização, a insuficiência renal, o infarto e o AVC. Nem todo mundo sabe, mas o coração é um dos principais órgãos atingidos no caso do diabetes descontrolado.[4] Isso porque, com o tempo, o açúcar elevado no sangue pode danificar os vasos sanguíneos e os nervos que garantem o funcionamento do órgão.[5]

Especialmente no contexto da pandemia, ficou claro que as pessoas com diabetes fazem parte do grupo de risco para desenvolver quadros graves para a Covid-19.[6] A Organização Pan-Americana de Saúde já alertava logo no início da disseminação do novo coronavírus que era necessário melhorar o controle do diabetes para evitar agravamento da infecção pelo novo coronavírus.[7]

O impacto do isolamento nos hábitos de saúde

Um estilo de vida saudável, com a prática regular de exercícios físicos e a manutenção de uma dieta equilibrada, é medida essencial para ajudar no controle do diabetes.[8] O problema é que, com a chegada do coronavírus, mais de 60% dos brasileiros deixaram de praticar atividades físicas.[9]

A pandemia também trouxe uma piora na alimentação dos brasileiros, que devido ao momento sensível, ficaram mais suscetíveis ao consumo de alimentos menos saudáveis. Os ultraprocessados, ricos em gordura, sódio e açúcares, passaram a fazer mais parte da mesa de dos brasileiros. O consumo desse tipo de alimento quase dobrou durante a pandemia na faixa etária de 45 a 55 anos em todo o país. Em 2019, o consumo desse tipo de alimento representava 9% da dieta dos entrevistados e no levantamento feito em junho de 2020 saltou para 16%.[10]

A grande preocupação é que, com uma população mais sedentária, sem acompanhamento médico e se alimentando com uma dieta rica em açúcares, o risco de quem ainda não tem diabetes desenvolver a doença é grande. A Federação Internacional de Diabetes divulgou que houve um aumento de 16% de incidência da doença na população mundial nos últimos dois anos, entre 2019 e 2021.[11] Mesmo para aqueles com a doença diagnosticada, a falta de acompanhamento e a mudança de hábitos ao longo da pandemia são fatores de alerta para o desencadeamento de quadros mais graves e complicações.

A hora de voltar

Mais da metade dos brasileiros acredita que vai cuidar mais da saúde quando a pandemia acabar[12], segundo pesquisa da Ipsos. Como ainda não se sabe quando será esse fim, a orientação para quem está sem fazer o acompanhamento médico é retomá-lo o quanto antes.[13]

Gradualmente, a população já está retomando os cuidados. É importante que todos os hospitais e consultórios estejam preparados, seguindo protocolos obrigatórios para reduzir a transmissão da Covid-19. Além da utilização de máscaras, da higienização das mãos e do ambiente, nos prontossocorros as alas que atendem pacientes com suspeita de Covid são separadas e exclusivas.[14] A vacinação é outro ponto crucial: mesmo os infectados têm risco diminuído de desenvolver quadros graves e óbito, por causa da imunização. Receber as três doses disponíveis contribui para que, em caso de infecção, a doença seja leve e com sintomas mais amenos.[15]

 

Referências
  1. Agora São Paulo. Acesso em 25 de fevereiro de 2022. Disponível em: https://agora.folha.uol.com.br/sao-paulo/2020/04/saiba-quais-cuidados-tomar-para-ir-ao-hospital.shtml
  2. Câmara Brasileira de Diagnóstico Laboratorial. Acesso em 25 de fevereiro de 2022. Disponível em: https://cbdl.org.br/pesquisa-da-sbpc-ml-e-da-cbdl-mostra-que-43-dos-entrevistados-com-alguma-doenca-cronica-interromperam-tratamento-e-admitiram-ter-reduzido-ida-ao-medico/
  3. Diabetes Research and Clinical Practice. Acesso em 25 de fevereiro de 2022. Disponível em: https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0168822720305568
  4. Know Diabetes By Heart. Acesso em 16 de março de 2022. Disponível em: https://www.knowdiabetesbyheart.org/wp-content/uploads/2019/12/KDBH_HeartDisease.pdf
  5. CDC – 2 de março de 2022. Disponível em: https://www.bd.com/pt-br/our-products/diabetes-care/diabetes-learning-center/diabetes-education/complications
  6. Sociedade Brasileira de Diabetes. Acesso em 2 de março de 2022.Disponível em: https://diabetes.org.br/covid-19/notas-de-esclarecimentos-da-sociedade-brasileira-de-diabetes-sobre-o-coronavirus-covid-19/
  7. Organização Pan-Americana da Saúde. Acesso em 25 de fevereiro de 2022. Disponível em: https://www.paho.org/pt/noticias/12-11-2020-opas-pede-por-melhoria-no-controle-da-diabetes-para-evitar-complicacoes-e-covid
  8. Sociedade Brasileira de Diabetes. Acesso em 25 de fevereiro de 2022. Disponível em: https://diabetes.org.br/o-exercicio-fisico-e-fundamental-para-prevencao-e-tratamento-do-diabetes-mellitus/
  9. CNN Brasil. Acesso em 25 de fevereiro de 2022. Disponível em: https://www.cnnbrasil.com.br/saude/mais-de-60-dos-brasileiros-estao-sedentarios-durante-a-pandemia-diz-estudo/
  10. O Globo. Acesso em 16 de março de 2022. Disponível em: https://oglobo.globo.com/brasil/na-pandemia-consumo-de-ultraprocessados-quase-dobra-em-faixa-etaria-com-maior-risco-24717328
  11. Internacional Diabetes Federation – Acesso em 6 de marco 2022. Disponível em: https://www.idf.org/news/240:diabetes-now-affects-one-in-10-adults-worldwide.html
  12. Ipsos. Acesso em 25 de fevereiro de 2022. Disponível em: https://www.ipsos.com/pt-br/57-dos-brasileiros-acreditam-que-cuidarao-mais-da-saude-e-do-bem-estar-quando-pandemia-acabar
  13. Futuro da Saúde. Acesso em 25 de fevereiro de 2022. Disponível em: https://futurodasaude.com.br/2022-deve-ser-o-ano-da-retomada-de-exames-e-diagnosticos-nao-relacionados-a-covid/
  14. Fundação Oswaldo Cruz. Acesso em 25 de fevereiro de 2022. Disponível em: https://portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br/atencao-recem-nascido/covid-19-orientacoes-da-anvisa-para-servicos-de-saude/
  15. Agência Brasil. Acesso em 6 de março de 2022. Disponível em: https://agenciabrasil.ebc.com.br/radioagencia-nacional/saude/audio/2021-12/covid-pesquisa-mostra-que-terceira-dose-induz-997-de-resposta-imune

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