O que comer quando se tem diabetes?

Cuidados com a alimentação são essenciais para manter o nível glicêmico controlado.

O que comer quando se tem dibetes?

Que o diabetes mellitus resulta de problemas na produção ou na absorção de um dos hormônios produzidos pelo pâncreas, a insulina, isto já é fato notório. Mas você sabia que o desenvolvimento dessa patologia está associado à forma com que o organismo transforma (metaboliza) os alimentos ingeridos em energia, para manter-se em pleno e perfeito funcionamento?

Explicando de maneira fácil, o corpo humano precisa manter-se bem alimentado todos os dias para não entrar em colapso. Essa fonte vital de combustível pode ser conseguida pelo consumo de micronutrientes (vitaminas e minerais) e macronutrientes (carboidratos, proteínas, gorduras e água) que compõem a base de toda a cadeia alimentar.

No caso dos pacientes diabéticos, para que obtenham esses nutrientes corretamente, a diretriz passada por comitês de estudos dessa doença metabólica é de seguir a mesma linha nutricional recomendada à população em geral, que é fazer sempre escolhas alimentares mais saudáveis.1

Ou seja, priorizar comidas e bebidas que estejam em conformidade com uma alimentação balanceada é a direção certa para qualquer pessoa que queira alcançar disposição física e mental.

É o caminho mais curto, fácil e eficiente para seguir com o peso em dia, prevenir e tratar o colesterol, a hipertensão e outras situações de saúde desfavoráveis, entre elas, o diabetes - considerando que na maioria das vezes essa patologia está diretamente relacionada aos hábitos alimentares, como já dissemos no início deste artigo.

Consumo consciente de alimentos

“Andar nos eixos” ao fazer as refeições é fundamental para quem quer afastar os riscos de um dia desenvolver o diabetes. Mas, acima de tudo, é condição essencial para pacientes que já tenham diagnóstico positivo, porque a falta de cuidados com a alimentação é uma das principais causas de descontrole da doença.

Ingerir macronutrientes em excesso é um dos deslizes mais graves, com destaque para os carboidratos. Decompostos em açúcar (glicose) na corrente sanguínea2, abusar de carboidratos significa promover altas concentrações de glicose no sangue.

Um perigo para quem tem diabetes, uma vez que a desordem resulta da incapacidade do organismo produzir insulina ou de usá-la de forma eficaz, sendo que é justamente esse hormônio que “administra” o metabolismo da glicose.

Pular refeições ou comer o que não deve no momento errado são outros exemplos que igualmente prejudicam os níveis de glicose no sangue. Se, por um lado, consumir carboidratos além do desejável eleva os valores de glicemia (hiperglicemia), não se alimentar ou fazê-lo equivocadamente aumenta muito o risco de glicemia baixa (hipoglicemia).

E essas são duas condições bastante prejudiciais ao bem-estar e à vida de quem convive com o diabetes, pois podem gerar complicações ao corpo que incluem, no longo prazo, danos leves a crônicos e até mesmo falência de vários órgãos e tecidos.

Nutrição com qualidade e moderação

Não tem segredo, a dieta para indivíduos com diabetes parte de um princípio bastante conhecido por quem quer se alimentar de maneira ideal: ser bem variada, colorida e diariamente composta por alimentos de todos os grupos. Sempre prestando a devida atenção às escolhas e às quantidades consumidas para que erros e excessos não desestabilizem o nível glicêmico do sangue.

Manter o equilíbrio entre a ingestão de alimentos e a insulina disponível no organismo é o objetivo, de modo a consumir apenas calorias suficientes para uma nutrição de boa qualidade. Isso, tendo em vista que a dieta é um dos pontos imprescindíveis para alcançar um bom controle metabólico3.

Certamente você já ouviu falar o contrário, mas nenhum alimento precisa ser riscado de vez do cardápio. O que pode acontecer é, em atendimento à realidade específica de cada paciente, haver a recomendação para que certos alimentos sejam evitados, o que é bem diferente de não comê-los. A palavra-chave é moderação!

10 dicas de como fazer boas escolhas ao se alimentar

Para uma boa organização dos hábitos alimentares, é extremamente indicado contar com o suporte de um especialista em nutrição, para que seja desenvolvido um plano alimentar totalmente alinhado às necessidades e características individuais – cuidado muito importante quando se tem diabetes.

Mas para te ajudar a, pelo menos, agir com mais sabedoria ao se alimentar, selecionamos 10 dicas primordiais compiladas de importantes entidades nacionais e internacionais voltadas ao diabetes. São elas a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD)4, a Associação Nacional de Atenção ao Diabetes (Anad)5 e a Associação Americana de Diabetes (ADA, da sigla em inglês)6:

1.     Distribua os alimentos em 5 a 6 refeições ao dia, começando pelo café da manhã. Evite ficar longos períodos em jejum: consuma algo em torno de 3 em 3 horas, para evitar crises de hipoglicemia;

2.     No almoço e jantar, divida o prato em quatro partes. Metade do prato (2/4) deve ser de verduras e legumes coloridos e diversificados. Podem ser crus ou cozidos, e não use molhos gordurosos;

3.     Na porção (1/4) destinada aos carboidratos, dê preferência aos complexos (alimentos integrais, sementes, aveia, batata-doce, inhame, feijão, grão-de-bico, lentilha etc.), que são digeridos e absorvidos de forma mais lenta;

4.     Carboidratos simples (açúcar e farinha refinados, pão branco, refrigerantes, mel, sorvetes, bolachas recheadas, chocolates etc.) devem ser muito pouco consumidos, pois geram picos de glicemia;

5.     Complete o prato (1/4) com uma porção de proteína, tendo como primeira opção carnes brancas (frango, pato, peru, peixes etc.) e ovos. Carnes vermelhas (boi, porco, cordeiro, cabra etc.) apenas esporadicamente, e opte pelos cortes magros (alcatra, lagarto, lombo, filé-mignon, paleta, maminha, coxão mole ou duro etc.). Evite as processadas (presunto, mortadela, salame, bacon etc.);

6.     Prefira frutas frescas inteiras em vez de sucos, que são mais calóricos. Embora sejam fontes de carboidratos, são ricas em fibras, vitaminas e minerais, assim como os vegetais;

7.     Fuja das frituras e priorize gorduras saudáveis (azeite de oliva, nozes, castanhas, óleo de coco, abacate) e produtos lácteos com baixo teor de gordura (iogurte light e queijos cottage, minas frescal, ricota etc.) para reduzir o colesterol e proteger o coração;

8.     Não adicione açúcares. Restrinja alimentos artificialmente açucarados e utilize adoçante em pequena quantidade (evite as opções à base de frutose);

9.     Diminua o sal e produtos industrializados similares (temperos prontos), pois têm sódio em excesso e potencializam a pressão arterial elevada. Substitua por ervas e temperos naturais (orégano, manjericão, salsinha, cheiro-verde, hortelã etc.);

10.  Evite bebidas alcoólicas e tome água várias vezes ao dia, podendo intercalar com outras bebidas sem calorias (chás e águas aromatizadas).

Cuide da sua saúde! Monitore com frequência a glicemia e não deixe de fazer acompanhamento médico e nutricional com regularidade. Alimentar-se com ponderação é o meio mais eficiente de controlar os níveis de açúcar no sangue, prevenir complicações do diabetes e alcançar a longevidade.

Nota Importante: O conteúdo deste site não substitui a necessidade de acompanhamento médico para fins de diagnósticos e aconselhamentos. Não desconsidere ou altere tratamentos orientados por profissionais da saúde e busque por atendimento clínico sempre que necessário.

 
 
  1. Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD). Disponível em: https://diabetes.org.br/descobri-que-tenho-diabetes-como-devera-ficar-minha-alimentacao/ - Visualizado em 21/10/21.
  2. International Diabetes Federation (IDF/Federação Internacional de Diabetes). Disponível em: https://idf.org/296-homepage/about-wdd/512-discover-diabetes.html - Visualizado em 22/10/21.
  3. Ministério da Saúde do Brasil. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/abordagem_nutricional_diabetes_mellitus.pdf - Visualizado em 21/10/21 - Visualizado em 22/10/21.
  4. Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD). Disponível em: https://diabetes.org.br/nutricao-diabetes-e-terceira-idade/ e https://diabetes.org.br/descobri-que-tenho-diabetes-como-devera-ficar-minha-alimentacao/ - Visualizado em 21/10/21.
  5. Associação Nacional de Atenção ao Diabetes (Anad). Disponível em: https://www.anad.org.br/diabetes-10-dicas-para-uma-alimentacao-saudavel/ - Visualizado em 21/10/21.
  6.   American Diabetes Association (ADA/Associação Americana de Diabetes). Disponível em: https://www.diabetes.org/healthy-living/recipes-nutrition/eating-well - Visualizado em 22/10/21. 

Contato Imprensa

Approach Comunicação

novonordisk@approach.com.br

Fale sempre com seu médico.

Acompanhamento com seu médico de confiança e realização de exames regulares podem ajudar você a controlar o diabetes, além de colaborar para reduzir as chances de doenças cardíacas ou de derrame (AVC).

Em menos de um minuto você pode descobrir seus fatores de risco para o coração.

Conheça os principais sintomas que podem estar associados a doenças cardiovasculares.