Diabetes e hipertensão no inverno

Diabetes e hipertensão no inverno

Você sabia que, nos dias mais frios, pessoas com diabetes podem enfrentar desafios adicionais, da limitação de atividade física ao ar livre a possíveis alterações na taxa de glicemia? Saiba como passar o inverno com saúde e sem preocupações.

Qual a melhor dieta para pessoas com diabetes no inverno?

Os dias mais frios tendem a manter as pessoas mais tempo dentro de casa, diminuir a atividade física ao ar livre e estimular o consumo de alimentos mais calóricos, o que pode levar ao ganho de peso. Dada a relação entre obesidade, diabetes e doenças cardiovasculares, é fundamental aumentar os cuidados nesse período, com a adoção de estratégias para manter uma alimentação equilibrada mesmo no inverno. Confira: (1), (2), (3), (4)

  • Faça escolhas mais saudáveis. Procure comer proteínas magras, além de frutas, vegetais frescos e grãos integrais, que contêm carboidratos saudáveis;
  • Evite carboidratos refinados, como alimentos e bebidas com adição de açúcar e gorduras saturadas, como as presentes na fast food e em comidas como manteiga, carne, cachorro-quente, bacon e linguiça;
  • Consequência da dica anterior, tenha moderação em relação ao consumo de carne vermelha e, eventualmente, substitua-a por proteínas com benefícios extras, como peixes ricos em ômega-3 (salmão, atum, sardinha);
  • Planeje refeições e lanches saudáveis que não contenham alimentos ultraprocessados;
  • Tenha foco nas “gorduras boas” e consuma com moderação, como as encontradas em alimentos como abacate, óleo de oliva e nozes;
  • Monitore regularmente os níveis de glicose (“açúcar no sangue”) e a pressão arterial, sob critério médico;
  • Siga as recomendações do seu médico e nutricionista. Tenha em mente que consultar um profissional de saúde para orientações personalizadas, que, inclusive, levam em consideração eventuais comorbidades, é um caminho seguro e confiável.

O acompanhamento nutricional é essencial para pessoas com diabetes tipo 2 também fora do inverno, pois auxilia no controle da glicose e do peso, promove reeducação alimentar e pode ser reajustado ao longo do tempo, conforme a evolução individual.

Como fica a glicemia no frio?

Um efeito nem sempre conhecido das temperaturas baixas é o aumento da taxa de glicose induzido pelo próprio frio. O frio afeta o organismo que, em resposta, libera mais hormônios ligados ao estresse, como o cortisol, para prover mais energia para seu funcionamento.(5)

Entre os efeitos desse tipo de hormônio estão a redução na produção de insulina e o estímulo à maior liberação de glicose pelo fígado, o que, por consequência, induz a um aumento da glicemia, cujo controle pode ficar mais difícil.(5), (6)

Embora o mecanismo não esteja totalmente esclarecido, pessoas com hipertensão também enfrentam mais desafios em temperaturas baixas. A pressão arterial elevada ocorre mais frequentemente no inverno do que no verão, em locais em que as estações são bem demarcadas, e a hipótese é de que o frio pode induzir a um estreitamento dos vasos sanguíneos subcutâneos (vasoconstrição), o que contribuiria para o aumento da pressão.(7), (8)

As doenças respiratórias, que tendem a circular mais no inverno, também são outra fonte de preocupação. Infecções pelo vírus Influenza, da gripe (5), também podem induzir à maior produção de hormônios do estresse e, consequentemente, contribuir para o aumento da taxa de glicose.(5)

Para se prevenir, além de manter-se aquecido e checar sua pressão e glicemia sob recomendação médica, verificar sinais de estresse no corpo causados pelo frio, sobretudo na pele e pés, como ressecamento e coceira. Em frios muito intensos, como em regiões no Sul do Brasil, pode ser interessante trocar a atividade física ao ar livre por outras em espaços mais fechados, com pouca aglomeração — e é importante manter a dieta e tomar precauções extras recomendadas para essa época do ano, como se vacinar contra a gripe.(5)

Com esses cuidados, nada impede que o inverno seja uma estação bem gostosa, com todo o aconchego que vem junto, e sem complicações para a pessoa com diabetes.

 
 
 
Referências:
  1. Mayo Clinic. Diabetes diet: create your healthy-eating plan [Internet]. Mayo Clinic; 2023 [cited 2023 Jun 4]. Available from: https://www.mayoclinic.org/diseases-conditions/diabetes/in-depth/diabetes-diet/art-20044295
  2. Harvard T.H. Chan - School of Public Health. Preventing heart disease [Internet]. Harvard T.H. Chan; 2022 [cited 2023 Jun 4]. Available from: https://www.hsph.harvard.edu/nutritionsource/disease-prevention/cardiovascular-disease/preventing-cvd/  
  3. Centers for Disease Control and Prevention. Diabetes and your heart [Internet]. CDC; 2022 [cited 2023 Jun 4]. Available from: https://www.cdc.gov/diabetes/library/features/diabetes-and-heart.html
  4. Nardocci M, Polsky JY, Moubarac JC. Consumption of ultra-processed foods is associated with obesity, diabetes and hypertension in Canadian adults. Can J Public Health. 2021;112:421–429. doi: 10.17269/s41997-020-00429-9.
  5. Centers for Disease Control and Prevention. Managing diabetes in cold Weather [Internet]. CDC; 2023 [cited 2023 Jun 4]. Available from: https://www.cdc.gov/diabetes/library/features/managing-diabetes-cold-weather.html
  6. Vallianou NG, Geladari EV, Kounatidis D, Geladari CV, Stratigou T, Dourakis SP, Andreadis EA, Dalamaga M. Diabetes mellitus in the era of climate change. Diabetes Metab. 2021;47(4):101205. doi: 10.1016/j.diabet.2020.10.003.
  7. Bai L, Li Q, Wang J, Lavigne E, Gasparrini A, Copes R, et al. Hospitalizations from hypertensive diseases, diabetes, and arrhythmia in relation to low and high temperatures: population-based study. Sci Rep. 2016;6:30283. doi: 10.1038/srep30283
  8. Yonghong L, Lan L, Wang Y, Yang C, Tang W, Guoquan C, Shuquan L, Cheng Y, Yingchun L, Jingyi L, Yinlong J. Extremely cold and hot temperatures increase the risk of diabetes mortality in metropolitan areas of two Chinese cities. Environ. Res. 2014;134:91-97. doi: 10.1016/j.envres.2014.06.022.
 
 
BR23DI00108 - Agosto/2023

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