É possível reduzir o açúcar na sobremesa?
Aqui, no Quem Vê Diabetes Vê Coração, já abordamos a importância de manter, com moderação, os carboidratos na dieta da pessoa com diabetes, uma vez que tanto seu excesso quanto sua restrição podem ser prejudiciais à saúde.1
No entanto, é preciso redobrar a atenção com os carboidratos simples, como o açúcar de mesa, o açúcar do leite e a farinha branca, que têm alto índice glicêmico (IG)2 e estão entre os ingredientes mais comuns das sobremesas tradicionais.
Há, porém, opções que, muitas vezes, requerem apenas a substituição de ingredientes. A inclusão de frutas frescas — maçãs, cítricos, cerejas e frutas vermelhas — em vez de produtos processados industrialmente, por exemplo, ajuda na diminuição da quantidade de açúcar na receita, que se torna mais bem adaptada à pessoa com diabetes. Vale até trocar a sobremesa completa por uma fruta.3, 4, 5, 6
Outro ingrediente que pode ser utilizado em substituição aos itens tradicionais é a gelatina sem açúcar (dietética) que, além disso, tem baixa caloria.7 Se a receita levar chocolate, optar pelo amargo (alto teor de cacau, 70% ou mais) pode ser uma boa pedida, pois contém menos açúcar que o chocolate ao leite.8
Existem, ainda, sobremesas que não têm açúcar refinado tradicional ou adoçantes artificiais e, por isso, podem ser uma opção para pessoas com diabetes. É o caso, por exemplo, daquelas que utilizam stevia ou eritritol, adoçantes naturais que substituem a sacarose (açúcar de mesa).9, 10
O primeiro é obtido da estévia, planta nativa do Brasil e Paraguai, com baixo teor calórico e está disponível na forma de pó ou gotas. Já o eritritol é um álcool que fornece cerca de 70% da doçura do açúcar de mesa, também com menos calorias e menor impacto na glicemia (taxa de açúcar no sangue).9, 10
A importância da orientação nutricional
Mesmo diante dessas opções, é essencial seguir as orientações médicas, consumir sobremesas com moderação e considerar o total de carboidratos presentes, inclusive nos exemplos que apresentamos.
Reduzir a carga glicêmica (quantidade de carboidratos no alimento) é importante, mas, como mesmo as frutas contêm o açúcar frutose, podem desempenhar papel no aumento da glicemia. Ainda que a sobremesa tenha “sem açúcar” ou “diet” no rótulo, o controle das porções, associado a mudanças no estilo de vida, é fundamental — e não se deve consumir além do que o médico ou nutricionista recomenda.1
Além disso, seguir corretamente o tratamento e estar em dia com os exames permite que seu médico ou nutricionista tenha uma abordagem mais personalizada da dieta, com maior sucesso no controle da glicemia e consumo mais seguro destas delícias.1
Referências:
BR23DI00139 – Setembro/2023
PROCURE UM ESPECIALISTA