A importância de observar a saúde da pele
As pessoas com diabetes podem ter mais risco de desenvolver infecções na pele e complicações que incluem cicatrização deficiente e insensibilidade, mas é sempre possível prevenir que essas condições apareçam ou evitar que se agravem, principalmente quando descobertas e tratadas precocemente.1
Além disso, a saúde da pele pode ser o primeiro sinal de alerta no diagnóstico de diabetes tipo 2. Mesmo quando são incômodas ou “cosméticas”, enfermidades da pele podem ser um atalho para o diagnóstico precoce, que é importante para a qualidade de vida a longo prazo.2, 3, 4
Estima-se que de 30 a 80% das pessoas com diabetes apresentam algum distúrbio no maior órgão do corpo humano2, 3, 5 — e, quando a disfunção é crônica, ajuda a indicar em que fase o diabetes está, se o tratamento tem sido bem-sucedido e se há risco de infecções oportunistas.2, 3
Quais são as alterações na pele relacionadas ao diabetes?
O diabetes não tratado pode causar diversos problemas de saúde, que incluem complicações cardiovasculares, devido ao excesso de glicose (açúcar) no organismo. Além disso, a resistência à insulina característica do diabetes tipo 2 pode prejudicar a pele, já que esse hormônio desempenha um papel importante no ciclo de vida das células da queratina e do colágeno, componentes fundamentais do tecido cutâneo.1, 2, 5, 6
O resultado é que o paciente com diabetes tende a possuir uma pele mais frágil, insensível e seca, com irrigação deficiente do sangue e que demora para cicatrizar.2, 5, 7
Entre as várias doenças que conectam a pele ao diabetes, há a acantose nigricans, que é mais comum em pessoas com obesidade. Ela ocorre devido à proliferação alterada de células da pele e se caracteriza como uma lesão escura, espessa e aveludada que aparece principalmente em dobras da pele (axilas, virilha, pescoço etc.) e pode exalar mau odor e doer. Nesses casos, a perda de peso, com a adoção de hábitos mais saudáveis, e o tratamento para o diabetes tipo 2 podem ajudar.5, 6, 8
A dermopatia diabética, por sua vez, atinge até 1/3 das pessoas com diabetes, principalmente aquelas com histórico de alteração ou doença cardiovascular. São manchas ovais escuras de alguns milímetros que aparecem nas pernas, sem crostas. Ainda não se sabe exatamente o que causa essas manchas.4, 6, 8
Por fim, há as alterações relacionadas ao pé diabético, que responde por até metade das internações das pessoas com diabetes. O pé diabético faz com que metade das amputações de membro inferior sejam realizadas em pessoas com diabetes! É preocupante, mas prevenível: é preciso examinar os pés ao menos uma vez por ano, atentar-se para o surgimento de calos, úlceras, insensibilidade ou qualquer outra anormalidade. Também ajuda a inspeção diária em casa e praticar a higiene dos pés corretamente.8, 9, 10
O diagnóstico destes e outros problemas de pele normalmente é simples. Pode ser clínico, quando o médico visualiza e identifica a lesão, e/ou por meio de exames de sangue que, nesse caso específico, muitas vezes, não requerem jejum.
Esse é mais um motivo para se apropriar do tratamento, tirar dúvidas, dizer qualquer coisa incomum para o médico e manter um estilo de vida em que a preocupação com a saúde esteja em primeiro lugar.11
Referências:
BR23DI00140 – Setembro/2023
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