Quais os desafios na adaptação às mudanças trazidas pelo diabetes?
Viver com diabetes significa adaptar-se a mudanças na rotina, às vezes repentinas, que podem incluir desde a alimentação até a tomada de medicamentos, sem falar da predisposição e costume para realizar exercícios. Embora positiva e saudável, esta adaptação pode ser desafiadora. Afinal, você pode questionar: o diabetes tipo 2 ou a equipe de saúde passaram a controlar “minha vida” a partir de agora?1, 2, 3
Conscientizar-se dessa e outras situações que podem impactar a saúde mental é o primeiro passo para melhorar não apenas as taxas de glicemia, como também promover mais bem-estar, por meio de atitudes mais positivas em relação à vida.1, 2
Pessoas com diabetes têm mais risco de desenvolver depressão?
Adultos com diabetes têm o dobro de risco de desenvolver depressão, e não é incomum que ela seja iniciada por conta do diagnóstico que, em algumas pessoas, pode conduzir a uma fragilidade psíquica.3, 4
A partir daí, entra-se em um círculo vicioso: o diabetes leva à fragilidade psíquica, que enfraquece o autocuidado e acentua a depressão. É preciso, então, romper esse ciclo. 3, 4
O que é estresse relacionado ao diabetes (diabetes distress)
A depressão pode eventualmente sobrepor-se ao estresse relacionado ao diabetes, que afeta cerca de metade das pessoas diagnosticadas e pode comprometer a adesão ao tratamento. Trata-se de uma sobrecarga emocional que acontece ao gerir o diabetes no cotidiano.3, 4, 5
O estresse pode estar diretamente relacionado à comunicação técnica do diagnóstico, que é vista como ameaçadora, além das cobranças sentidas pela pessoa com diabetes.3, 5
Quais mudanças cognitivas estão relacionadas ao diabetes?
Quando ainda não tratado, o diabetes tipo 2 pode afetar a agilidade da memória e o aprendizado, entre outras capacidades cognitivas.3, 4
A hiperglicemia crônica (excesso de açúcar no sangue por longos períodos) pode estar associada a casos de demência e, nos idosos, à aceleração do declínio cognitivo, que traz inúmeros riscos inclusive à saúde física.3, 4
Saiba como obter ajuda e cuidar da saúde mental
É fundamental que a pessoa com diabetes veja seu médico como um parceiro no tratamento e informe quaisquer problemas que surgirem, não apenas relacionados ao controle do açúcar no sangue e mudanças físicas, mas também em relação a dificuldades emocionais, como tristeza, falta de ânimo, dificuldades de adaptação, problemas de atenção, perda de memória ou sensação constante de alerta ou estresse.3, 4, 5
Dessa maneira, o médico pode providenciar o encaminhamento a um serviço especializado, que pode incluir terapia — a cognitivo-comportamental é uma das ferramentas mais utilizadas — e, eventualmente, medicações que podem até ter impacto positivo no controle glicêmico.3, 4
A própria pessoa com diabetes pode tomar a iniciativa de buscar atendimento com um psicólogo ou grupos de apoio. Para isso, é importante ter em vista que uma vida saudável não é apenas a ausência de doença ou sintomas, mas também qualidade, bem- estar, emoções em dia e uma saúde mental, como, aliás, preconiza a Organização Mundial da Saúde.5, 6, 7
Referências:
BR23DI00141 – Setembro/2023
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